A endocrinologista Marcia Brandeburski explica que o diabetes ocorre quando o metabolismo tem dificuldade de queimar o açúcar, chamado de glicose, que é essencial para gerar energia para o corpo. “Determinadas células precisam de insulina para captar essa glicose como os músculos, o tecido gorduroso, o tecido do fígado e algumas pessoas apresentam dificuldade nessa insulina, ou uma insulina que não funciona adequadamente e isso acarreta numa elevação dos níveis da glicose na corrente sanguínea e isso trará consequências para a pessoa portadora de diabetes”, explica.
Pacientes diabéticos podem ter complicações severas no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode causar cegueira e até levar à morte. O tratamento consiste principalmente no uso diário de insulina, muitas vezes com outros medicamentos, para controlar a glicose no sangue e de uma dieta específica, aliada a exercícios físicos. Existem 3 tipos de diabetes: o tipo 1, que acomete na maioria das vezes as crianças e os jovens, o tipo 2, mais frequente em adultos e obesos e o diabetes gestacional, uma alteração que se manifesta na gravidez.
O diabetes tipo 1 é um quadro autoimune e os sintomas são agudos levando o jovem ou a criança a tomar muita água, urina bastante, pode apresentar alterações de humor e perda excessiva de peso. Já o tipo 2 é o diabetes de maior prevalência entre os quadros do agravo. “90% da população diabética apresenta o tipo 2, que tem um componente familiar, genético, com um início mais lento que pode surgir com uma infecção, uma candidíase, ou uma infecção urinária, por exemplo, porém tem possibilidade de prevenção”, esclarece a endocrinologista.