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Protocolo antissuicídio é ativado na Espanha após julgamento de Daniel Alves

Preso há mais de um ano na Espanha sob a acusação de estuprar uma mulher de 23 anos, Daniel Alves aguarda a sentença do Tribunal de Barcelona após ser julgado no início do mês. Ele alega inocência, diz que estava bêbado, mas afirma que a relação foi consensual. O estado emocional do jogador é motivo de preocupação de educadores, funcionários e demais presos do Centro Penitenciário Brians 2, onde ele está detido, e um protocolo antissuicídio foi acionado.
A informação foi revelada pelo canal de TV espanhol Telecinco. Segundo a jornalista Silvia Álamo, Daniel Alves foi visto “deprimido e desanimado” nas dependências da prisão de Brians após o julgamento e despertou a atenção dos funcionários da penitenciária. “Por medo de que ele se cortasse ou fizesse alguma loucura, ele estava com esse protocolo no dia seguinte ao julgamento”, contou a jornalista ao relatar a revelação do preso.
De acordo com a imprensa espanhola, o protocolo consiste em monitorar constantemente o preso, no caso o jogador brasileiro, restringir sua liberdade de movimento e controlar o acesso a objetos perigosos, evitando que ele se machuque em sua cela ou até mesmo tente tirar a própria vida.
Ainda de acordo com o canal Telecinco, Daniel Alves foi acusado por um colega de cela de planejar uma fuga para o Brasil. Segundo o detento, a ideia seria executada caso a Justiça espanhola concedesse liberdade provisória ao lateral, mas o atleta teve quatro pedidos negados. A defesa do jogador sempre alegou nas solicitações que ele tinha residência em Barcelona e não tinha intenção de deixar o país.
O julgamento de Daniel Alves durou três dias e foi finalizado no dia 7 de fevereiro. A mulher que acusa o brasileiro de estupro manteve a versão inicial e reafirmou ter sido violentada. O jogador chorou bastante e afirmou que a relação com a denunciante foi consensual. A Corte tem um prazo de 20 dias para anunciar a sentença após o fim do julgamento — faltam sete dias para o fim da data limite.
O Ministério Público manteve o pedido inicial de 9 anos de prisão, enquanto a advogada Ester García, representante da denunciante, continua solicitando a pena máxima de 12 anos. A defesa de Daniel Alves, por sua vez, defende a absolvição, mas, caso ele seja condenado, sugere uma pena alternativa de 1 ano, período já cumprido pelo jogador na cadeia, junto a uma multa de 50 mil euros.